segunda-feira, 11 de abril de 2011
Um fim para não se justificar o Meios
“O que devíamos do convênio nós já pagamos. O Meios é uma organização não governamental, não é do Estado, é uma Ong como tantas outras que temos no Estado.”
Essas afirmações foram feitas pela governadora Rosalba Ciarlini (DEM) em sua primeira entrevista coletiva como governante, nesse sábado (9), em Natal.
Será que ela teria coragem de afirmar, em plena campanha eleitoral, que o Meios "é uma ONG como tantas outras"?
Du-vi-do!
O comportamento do seu governo em relação ao Meios, em 100 dias de gestão, é titubeante, oscilante, às vezes até mesmo covarde. Desrespeitoso com milhares de servidores desse órgão que se transformou num apêndice do Estado. Agride a memória e os fatos pretéritos.
O próprio histórico do Meios denuncia que Rosalba escamoteia a verdade, lava as mãos e pune servidores e assistidos pelo órgão, após décadas de comportamento diametralmente oposto em relação à instituição.
O Meios é uma Organização Não-governamental (ONG), sem fins econômicos e reconhecida por sua utilidade pública nas esferas municipal, estadual e federal. Foi fundado em julho de 1979, inicialmente como coordenação da Legião Brasileira de Assistência (LBA), ligada ao Programa Nacional de Voluntariado (PRONAVE).
Uma de suas características, desde o início, foi sempre ter a primeira-dama do estado como presidente. Sempre.
Essas senhoras estavam sempre na ilegalidade, surrupiando dinheiro do Estado?
Bom perguntar às ex-primeiras damas como Denise Alves (mulher do senador e ex-governador Garibaldi Filho-PMDB) e Anita Catalão Maia (mulher do senador e ex-governador José Agripino-DEM) o que elas acham dessas declarações da governadora.
Quer dizer que agora o Meios não existe, não tem qualquer relação com o Estado e é uma institituição como outra qualquer?
Francamente!
Num primeiro momento desse caso, o governo avisou que não devia nada ao Meios, não tinha nada com sua crise. Depois, em face das pressões e péssima repercussão, avisou que poderia sanar as dívidas com pessoal, mas sob o manto da legalidade. Ou seja, contrariou suas primeiras assertivas.
Em seguida, topou pagar tudo.
Agora, outra vez, avisa que quem quiser que pegue essa "bomba".
Certamente, Rosalba vai carregar essa chaga em seu currículo. Poderia ter uma saída mais honrosa. Negar o passado do Meios com base em aspectos legalistas "descobertos" quase 32 anos depois, é um insulto à inteligência alheia.
O Meios tem cumprido papel de uma unidade da administração pública indireta - com finalidade especial - para fim específico de assistência social.
Claro que tem personalidade jurídica própria e sempre, sempre mesmo, foi utilizado como ferramenta eleitoreira por todos, todos mesmos, governantes do Rio Grande do Norte. Sem exceção. E em convênios diversos, que alcançaram gestões municipais em parcerias, como da própria Rosalba como prefeita de Mossoró.
Se o Meios precisa morrer, que o façam com exéquias mais dignas e não meias-verdades, sofismas chulos e retórica com odor de ressentimentos. E cada um dos que se aproveitaram da instituição, para benefício político, tenha a dignidade de assumir isso de público ou levantar a voz à sua manutenção.
O resto é conversa fiada. Não merece crédito.
Fonte:Blog Carlos Santos
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