por Arthur Muhlenberg |
Alexandre Monteiro para blogdoflamengo
mostrar detalhes 11:17 (5 horas atrás)
mostrar detalhes 11:17 (5 horas atrás)
Fala Arthur, Tudo bem?
A imagem em anexo foi feita no sítio arqueológico de Tulum no Estado de Quintana Roo, no México, perto de Cancùn.
Eu realmente tenho que confessar que antes de ir eu li um pouco sobre a cultura Maia. Era uma cultura extremamente avançada se for levado em consideração que os caras não tinham ferramentas para quebrar pedras nem lunetas ou telescópio para olhar o céu. Inventaram o calendário mais preciso da humanidade só com observação do céu à olho nú! E também tinha uns rituais de sacrifícios humanos nos quais arrancavam alguns corações e algumas cabeças para apaziguar os deuses.
Resolvi então doutrinar esta civilização extinta com a nossa cultura Flamenga vestindo a beca número dez da conquista do Hexa, afinal, apesar de saberem muito sobre as estrelas, a maior delas, o nosso Flamengo, ainda não tinha dado o ar da graça. E também porque na nossa cultura somos mais civilizados. No máximo alguns xingamentos nos estádios e umas pixações de muro (apesar que às vezes dá vontade de sacrificar uns e outros jogadores para oferecer aos deuses do futebol rsrsrs). Em outras culturas futebolísticas de camisas feias e sem graça tem apedrejamento de ônibus, corredor polonês de jogador em estacionamento de farmácia etc…
Agora o que eu fiquei realmente impressionado é que apesar do meu parco conhecimento da civilização dos caras, todo mundo de Tulum me conhecia! Eu parecia um pop star! Não era verdadeiramente à mim, mas geral me chamando de Ronaldinho! Era Ronaldinho pra lá, Ronaldinho Gaúcho pra cá, porque ninguém convocou “o cara”. Cheguei a pegar trenzinho no 0800 por causa do Manto Sagrado! KKKKK. Eu não precisei doutrinar ninguém porque geral já está devidamente doutrinado! KKKK
Até apareceu uma tricoleta paulista por lá. Pô, deu pena… Ninguém falava com o cara, ninguém sabia que porcaria de pano de chão era aquele. Não sabiam que time era aquele, quanto mais nome de algum perna de pau de lá… E o cara vendo o assédio completo, todo mundo falando comigo, comentando “do cara”. Tadinho da tricoleta… Todos sabiam que camisa era aquela que eu vestia, que ela tinha dono e era o Ronaldinho Gaúcho. É muito bom fechar com o certo! É muito bom ser Flamengo. Aliás, pena nada. Quem manda escolher errado…
Conforme você sempre fala, o Flamengo é universal. Isso é a mais pura verdade, comprovei na prática. Se o Ronaldinho demonstrar em campo toda a vontade que fala e se o Flamengo souber aproveitar essa oportunidade, todos sairão lucrando.
Se quiser publicar, fica à vontade. Um grande abraço.
Alexandre C. MonteiroMengão Sempre
Mengão Vem Que Vem Que Vem Quicando!
Fonte:Arthur Muhlenberg |

Uma coisa que já tá ficando rotineira, portanto monótona, é a falta de imaginação e originalidade da nata da gatomestragem nacional. Já tem quase um mês que os coleguinhas dividem despudoradamente o seguinte comentário básico após os jogos do Mengão: Puxa, foi a melhor exibição do Flamengo no ano.
Declaração das mais óbvias que não acrescenta nada aos que verdadeiramente tentam compreender a fenomenologia flamenga. Evoluir sempre é uma característica distintiva do rubro-negro da Gávea que não deveria ser desculpa pra comentários gugu-dadá. Ainda mais porque o Mengão é sempre surpreendente.
Confesso que nem em meus delírios psicotrópicos imaginava que o Mengão terminaria a primeira rodada do Brasileirão 2011 na liderança isolada, com o melhor ataque e a defesa menos vazada da competição mais casca grossa do futebol mundial. Mesmo dando aquele desconto camarada porque o Fuderoso Master Cat Silence Maker enfrentou o time C do Avaí (o B está focado na Copa do Brasil e o A nunca existiu), diria que hoje jogamos excepcionalmente direitinho.
Pros malas defensores das boas maneiras à mesa não encherem meu saco com acusações de que eu estou desrespeitando o pujante e vencedor futebol catarinense vou fazer uma piadinha sacaneando um time do Rio, já que em matéria de bom humor os torcedores cariocas estão a anos luz de distância do resto de Pindorama. Aí vai a piada: o time C do Avaí equivale ao Boavista desfalcado de Vieri, Baggio e Costacurta. Os 4 gols que o Flamengo fez, malgrado sua crônica deficiência ofensiva, e que sacudiram até o pré-sal de Macaé, são a maior prova disso.
O placar dilatado surpreendeu até aos otimistas. Eu mesmo cravei 3 x 1 no bolão do Rica Perrone e cheguei a xingar um pouquinho ao Diego Maurício na hora em que ele meteu o 4o ovo no barbante avaiano. Por que não fez assim contra o cearázinho, porra? Mas, tudo bem, o bolão que se dane. Importante é o Mengão passar o rodo e doutrinar. Vou dar só uma cornetadinha, de leve.
Sem querer ser espírito de porco, mas já sendo, acho que o Flamengo ainda tem muito o que melhorar em todos os setores. Durante o jogo teve uns momentos bizarros em que a zagueirada deixou Felipe completamente sem pai nem mãe. Se não fosse o pé muito torto de um seiláquenzinho que jogou no Vice o hímen da nossa defesa não resistiria ao primeiro sábado fora de casa. A solução pode ser o Gustavo Geladeira, beque que compramos do Duque de Caxias, mas eu não creio. Ao mercado sem demora, cartolada. Não dá pra esperar até agosto pra comprar um beque experiente.
Da mesma maneira o meio de campo, onde o Pollo Botinelli esteve bem e Ronaldinho e Thiago Neves jogaram pela primeira vez em (alto) nível semelhante ao mesmo tempo, precisa ajustar o posicionamento de Renato e Ninja Willians. O trabalho de contenção que o Maldonado fazia em 2009 nenhum dos dois está fazendo. Anota aí, professor.
E no ataque é aquela velha história, se tivéssemos um poste qualquer, que chutasse com a duas, não ficasse em impedimento e não fosse amigo do patrão do morro, ele seria o artilheiro do Brasil e do mundo. Porque nesse sábado Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho criaram oportunidades e chances de gol uma atrás da outra, só que faltou o maluquinho com alma de camisa 9 pra finalizar.
Por sorte os dois deixaram seus gols, o do Ronaldinho no melhor estilo Fifa Play Station e amenizaram os efeitos dessa nossa velha carência. Diz aí, Luxemburgo, vai ficar esperando que esses videogames aconteçam todo dia?
Foi só primeiro jogo, ainda faltam mais de 350 pro campeonato acabar. Mas é uma agradabilíssima sensação esta de estar na liderança do campeonato Brasileiro. Em um campeonato longo desses a liderança provisória não vale absolutamente nada. Só adianta ser líder nas duas últimas rodadas. Aliás, a última vez em que o Flamengo esteve na ponta da tabela do Brasileiro acabou sendo campeão. Se o time se reforçar onde precisa e não perder essa mania de ganhar bem em casa podemos realmente comemorar a estreia.
Como sempre, a palhaçadinha tem que ser zero e a humildade, máxima. Nada de colocar a carro na frente dos bois (piadinhas com burros e carroças estão definitivamente vetadas), uma rodada de cada vez. Brasileiro é maratona, quem não planeja direitinho a chegada a cada check point acaba morrendo na pista. E o Flamengo não veio ao mundo pra isso.
Antes de me despedir deixa eu agradecer à moral que o Carter Batista, colaborador eventual aqui do nosso humilde bloguinho, nos deu. Leiam o texto que ele postou no Buteco do Flamengo. Leiam dando desconto, porque o cara é amigo e às vezes exagera um pouco. Valeu, Carter, Rocco e demais botequineiros. Esses caras fecham com o certo e estão muito no meu barco.
Mengão Sempre
Nenhum comentário:
Postar um comentário