VIVA A MORTE
por Ailton Medeiros
Zuenir Ventura como qualquer pessoa civilizada estranhou o carnaval americano por ocasião da morte do terrorista Bin Landen, um monstro que os EUA ajudaram a criar e cujo fantasma atormentava o povo americano desde 11 de setembro de 2001.
“De fato, passado o ufanismo patriótico, não vai ser difícil perceber que não é recomendável festejar a ação de um Estado democrático que preferiu executar sumariamente o inimigo a prendê-lo e julgá-lo — com direito a um espetáculo acompanhado em tempo real pelo triunfante presidente e assessores”, escreve Ventura. Seguem trechos:
Embora seja um grito fascista lançado por um general franquista em 1936 contra o grande pensador espanhol Miguel de Unamuno, “viva a morte!” é o que talvez melhor expresse o que os EUA estão sentindo em relação à execução de Osama bin Laden, um monstro que ajudaram a criar e cujo fantasma atormentava o povo americano desde 11 de setembro de 2001.
O presidente Barack Obama comemorou dizendo que o mundo agora “é um lugar melhor e mais seguro”. Melhor, sem dúvida. Mais seguro, não se sabe. Seria com certeza se, junto com Bin Laden, tivessem desaparecido também a al-Qaeda e o terrorismo, o que está longe de acontecer.
Morto — com risco de virar mártir —, Bin Laden pode ser mais perigoso, por gerar uma onda de vingança e, em consequência, um surto de paranoia pior do que a que se seguiu ao 11 de Setembro.
É o que temem vários analistas, que não veem motivo para essas celebrações com um toque de necrofilia.
De fato, passado o ufanismo patriótico, não vai ser difícil perceber que não é recomendável festejar a ação de um Estado democrático que preferiu executar sumariamente o inimigo a prendê-lo e julgá-lo — com direito a um espetáculo acompanhado em tempo real pelo triunfante presidente e assessores.
Também não é bom exemplo o precedente de um país invadir o outro com forças de segurança para caçar um criminoso. Ontem, isso foi feito com razão; amanhã, pode-se não precisar dela para fazer o mesmo em outro lugar.
Para continuar lendo, clique aqui.
“De fato, passado o ufanismo patriótico, não vai ser difícil perceber que não é recomendável festejar a ação de um Estado democrático que preferiu executar sumariamente o inimigo a prendê-lo e julgá-lo — com direito a um espetáculo acompanhado em tempo real pelo triunfante presidente e assessores”, escreve Ventura. Seguem trechos:
Zuenir Ventura
Embora seja um grito fascista lançado por um general franquista em 1936 contra o grande pensador espanhol Miguel de Unamuno, “viva a morte!” é o que talvez melhor expresse o que os EUA estão sentindo em relação à execução de Osama bin Laden, um monstro que ajudaram a criar e cujo fantasma atormentava o povo americano desde 11 de setembro de 2001.
O presidente Barack Obama comemorou dizendo que o mundo agora “é um lugar melhor e mais seguro”. Melhor, sem dúvida. Mais seguro, não se sabe. Seria com certeza se, junto com Bin Laden, tivessem desaparecido também a al-Qaeda e o terrorismo, o que está longe de acontecer.
Morto — com risco de virar mártir —, Bin Laden pode ser mais perigoso, por gerar uma onda de vingança e, em consequência, um surto de paranoia pior do que a que se seguiu ao 11 de Setembro.
É o que temem vários analistas, que não veem motivo para essas celebrações com um toque de necrofilia.
De fato, passado o ufanismo patriótico, não vai ser difícil perceber que não é recomendável festejar a ação de um Estado democrático que preferiu executar sumariamente o inimigo a prendê-lo e julgá-lo — com direito a um espetáculo acompanhado em tempo real pelo triunfante presidente e assessores.
Também não é bom exemplo o precedente de um país invadir o outro com forças de segurança para caçar um criminoso. Ontem, isso foi feito com razão; amanhã, pode-se não precisar dela para fazer o mesmo em outro lugar.
Zuenir VenturaEmbora seja um grito fascista lançado por um general franquista em 1936 contra o grande pensador espanhol Miguel de Unamuno, “viva a morte!” é o que talvez melhor expresse o que os EUA estão sentindo em relação à execução de Osama bin Laden, um monstro que ajudaram a criar e cujo fantasma atormentava o povo americano desde 11 de setembro de 2001.
O presidente Barack Obama comemorou dizendo que o mundo agora “é um lugar melhor e mais seguro”. Melhor, sem dúvida. Mais seguro, não se sabe. Seria com certeza se, junto com Bin Laden, tivessem desaparecido também a al-Qaeda e o terrorismo, o que está longe de acontecer.
Morto — com risco de virar mártir —, Bin Laden pode ser mais perigoso, por gerar uma onda de vingança e, em consequência, um surto de paranoia pior do que a que se seguiu ao 11 de Setembro.
É o que temem vários analistas, que não veem motivo para essas celebrações com um toque de necrofilia.
De fato, passado o ufanismo patriótico, não vai ser difícil perceber que não é recomendável festejar a ação de um Estado democrático que preferiu executar sumariamente o inimigo a prendê-lo e julgá-lo — com direito a um espetáculo acompanhado em tempo real pelo triunfante presidente e assessores.
Também não é bom exemplo o precedente de um país invadir o outro com forças de segurança para caçar um criminoso. Ontem, isso foi feito com razão; amanhã, pode-se não precisar dela para fazer o mesmo em outro lugar.
Para continuar lendo, clique aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário